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Um passo nunca vem só

Um passo nunca vem só

Ultra Trail e Mini Trail não há cavalo nem burro! #49

Trilho dos Reis Um Passo Nunca vem só.jpg

 

Depois das provas de Ultra-Distância (+44 km) o ano passado e da paragem no verão à conta da anemia, entendi que o meu regresso às provas deveria ser ajuizado e progressivo (sim mãe, aos 38 anos estou a ficar uma mulherzinha).

 

Gosto de novidades e de sentir-me desafiada. A aposta foi então experimentar trails nas distâncias mais curtas, experiência inédita para mim. O trail mais curto que tinha feito foram 17 km em março de 2016, a partir daí foi sempre entre os 22km e os 44km. Nos trails, para uma pseudo-desportista como eu isto significa sempre andar umas horas boas em cima das pernas pelas serras adentro. E quando digo horas boas muito facilmente entre 4 e 8 horas (sim uma vez precisei 7 horas para fazer 25km, no Louzã Trail, brrrr… mas também já fiz mais de 40km em 6h30, no Trail de Barrancos!)

 

Bom, então, a grande novidade para mim é ir para uma prova de trail e em mais ou menos duas horas ter o assunto despachado, eh… que maravilha!

 

Em novembro de 2017 estreei-me nestas novas andanças no I Trail Iberlince de Barrancos onde fui levar um belo empeno de anunciados 11km, mas que graças a um acrescento de IVA e outro de um erro meu de percurso resultou nuns fantásticos 14km, em 2 horas (um tempo excessivo para os quilómetros e para o tipo de percurso, mas em que aprendi umas coisas) – uma prova de excelência a todos os níveis!

 

Hoje fui até Portalegre ao Trilho dos Reis à pala da crónica que escrevi o ano passado quando fiz pela primeira vez uma prova de Ultra-Distância e me sagrei ultra corredora “de papel passado”, que me valeu uma inscrição para a prova deste ano e voilá 1h34 minutos tinha o assunto tratado. Fi-lo na belíssima companhia da Sónia do SC de Portel e continuo cá na minha: correr acompanhado é todo um outro nível de motivação, alegria, etc e tal. Obrigada Sónia!!!!

 

E tenho que vos dizer que gosto das duas modalidades e que não acho nada que o meu percurso seja de cavalo para burro, porque entre uma prova longa e outra curta, não acho mesmo que haja um cavalo e um burro. A classificá-las diria que para uma pertencer à raça dos equídeos a outra teria que ser atribuída a outra classificação animal. São bichos muito diferentes.

 

Fazer uma Ultra implica uma % muito grande de cabeça, de persistência, de paciência, e alguma preparação. Implica saberes falar contigo, falar sozinho, falar alto, negociar contigo próprio, encontrares maneira de justificares de ti para ti porque queres fazer aquilo e como. Numa ultra (estou sempre a falar da minha experiência de pseudo-atleta): tiram-se fotos, não se falha um abastecimento, fazem-se diretos para o Facebook, aprecia-se a paisagem. É tanto tempo na serra que é inevitável, há tempo e oportunidade para tudo.

 

Fazer uma Mini em mim tem um seguinte efeito: máxima concentração possível para despachar aquilo rapidamente (não há cá vagar, nem paciência para fotos, diretos, abastecimentos, paisagens, etc. e tal). É gerir nas subidas, prego a fundo sem amor aos dentes nas descidas, aproveitar os planos para esticar e apontar à meta para ir gozar o after: festejar, ir ver a classificação, ver a malta das outras provas chegar, tomar banho, comer, ver a malta das outras provas chegar, ir tomar banho, mudar de roupa, ir ao carro 3 vezes e continuar a ver a malta das outras provas chegar enquanto o convívio se adensa e as histórias e os abraços se multiplicam.

 

O maior desafio destas provas piiiiquenas? Chegar ao single track antes da malta da caminhada, ou rezar para que a organização tenha feito bem as contas à distância entre provas (mesmo num longo há malta que insiste em inscrever-se para ir caminhar), senão meus amigos, como se diz lá no meu algarve… tá tudo charingado: hora de ponta na 2ª circular não é tão frustrante. Estes amigos não têm culpa nenhuma e até acho que o principal é o espírito de participação, mas alguns deles têm gozo em dificultar a passagem de quem se inscreveu numa corrida, nem sequer para ganhar, mas para correr!

 

Gosto de ambas, a verdade é essa, não acho que haja um cavalo e um burro. Há truques. Em ambas. É preciso ir lá, fazê-las e aprender com elas. Depois o gozo vai aumentando, vais fazendo menos erros e no final do dia a satisfação de cortar a meta é, pelo menos para mim, igualmente compensadora!

Rumo ao 39! #48

Aniversário Um passo nunca vem só.jpg

 

Nos últimos 38 (trinta e ocho) anos acho que jogámos bem, tivemos várias oportunidades de golo, na maioria fomos felizes e concretizámos. Uma ou outra falta pelo caminho, entradas a pés juntos, uns erros do VAR, nada nos derruba. A verdade é que os títulos estão cá todos!


Isto só foi possível graças a um plantel de excelência onde se incluem uma família e amigos ao mais alto nível.


Aos que estão sempre a jogo ao meu lado, titulares ou no banco, das velhas glórias às novas contratações, obrigada por tudo e em particular pelo carinho ao longo do dia de hoje!

É verdade que eu gosto é de correr, mas hoje fomos visitar o Santiago Bernabéu e a inspiração saiu-me para o lado da bola...


#RUMOAO39

E já lá vão 5500 quilómetros disto! #47

12 horas a correr.jpg2017 foi um ano do caraças!

 

Estrei-me na Ultra Distância em Trail, no Trilhos do Reis em Portalegre, fiz a confirmação em Mértola e em Monsaraz ainda me valeu um pódio, fiz Évora - Fátima a correr em 4 dias, superei a porra da anemia que não mata mas mói.

 

Tentei na recuperação da anemia cumprir um plano de treinos, percebi claramente que é vantajoso e que para atingirmos objetivos concretos é mesmo importante. Voltei a Barrancos para me estrear nas distâncias curtas de trail e foi mais um momento muito especial para mim, entre amigos e com a minha família. Fui na qualidade de embaixadora e ainda tive direito a pódio no escalão.

 

Acabei por desisitir do plano e dos objetivos, ainda fiz os 10 km da Corrida Monumental de Évor e gostaria de ter feito os 10km da São Silvestre de Lisboa em menos de 50 minutos. Fiz em 51 minutos e 15 segundos, piorei um minuto em relação ao ano anterior. Mas sei extamente porquê e não fiquei triste nem desiludida.

 

A verdade, verdadinha é que a vida é feita de tantas, tão grandes e pequenas coisas que há alturas e objetivos que só são compatíveis com uma sacrificio que por vezes não estamos disponiveis para fazer. Abdiquei conscientemente daquilo que me causaria menos prejuízo e abrandei o ritmo dos treinos.

 

Há uma certeza que me acompanha em 2018, quero continuar a correr. Gosto profundamente de tudo o que a corrida me trás. 

 

Gosto de saber que os 5500 qulómetros que trago religiosamente contabilizados desde Julho de 2014 na minha aplicação foram feitos pelas minhas pernas, mais depressa ou mais devagar, na estrada ou nos trilhos, sozinha ou em grupo, são todos meus. Isso então é que ninguém me tira.

 

Gosto das pessoas que a corrida me trouxe e ainda mais das que eu trouxe para a corrida, gosto de sentir que a corrida me aguça os sentidos e a escrita, que me define o corpo mas principalmente a cabeça.


2018? Vai ser outro ano do caraças!

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