E já lá vão 5500 quilómetros disto! #47
2017 foi um ano do caraças!
Estrei-me na Ultra Distância em Trail, no Trilhos do Reis em Portalegre, fiz a confirmação em Mértola e em Monsaraz ainda me valeu um pódio, fiz Évora - Fátima a correr em 4 dias, superei a porra da anemia que não mata mas mói.
Tentei na recuperação da anemia cumprir um plano de treinos, percebi claramente que é vantajoso e que para atingirmos objetivos concretos é mesmo importante. Voltei a Barrancos para me estrear nas distâncias curtas de trail e foi mais um momento muito especial para mim, entre amigos e com a minha família. Fui na qualidade de embaixadora e ainda tive direito a pódio no escalão.
Acabei por desisitir do plano e dos objetivos, ainda fiz os 10 km da Corrida Monumental de Évor e gostaria de ter feito os 10km da São Silvestre de Lisboa em menos de 50 minutos. Fiz em 51 minutos e 15 segundos, piorei um minuto em relação ao ano anterior. Mas sei extamente porquê e não fiquei triste nem desiludida.
A verdade, verdadinha é que a vida é feita de tantas, tão grandes e pequenas coisas que há alturas e objetivos que só são compatíveis com uma sacrificio que por vezes não estamos disponiveis para fazer. Abdiquei conscientemente daquilo que me causaria menos prejuízo e abrandei o ritmo dos treinos.
Há uma certeza que me acompanha em 2018, quero continuar a correr. Gosto profundamente de tudo o que a corrida me trás.
Gosto de saber que os 5500 qulómetros que trago religiosamente contabilizados desde Julho de 2014 na minha aplicação foram feitos pelas minhas pernas, mais depressa ou mais devagar, na estrada ou nos trilhos, sozinha ou em grupo, são todos meus. Isso então é que ninguém me tira.
Gosto das pessoas que a corrida me trouxe e ainda mais das que eu trouxe para a corrida, gosto de sentir que a corrida me aguça os sentidos e a escrita, que me define o corpo mas principalmente a cabeça.
2018? Vai ser outro ano do caraças!