O primeiro dia do teu ano novo, é o dia que tu escolheres #24
A proximidade da passagem de ano tem este efeito generalizado de nos encher de vontade de fazer promessas de mudança.
Pessoalmente não me lembro de ter começado nada significativo para mim no dia 1 de janeiro de que ano fosse.
Lembro-me sim de um março em que decidi começar a comer de forma diferente, de um junho em que decidi começar a fazer caminhadas, de um setembro em que comecei a correr, de um agosto em que me inscrevi numa maratona.
Aconteceu-me ter vários anos novos dentro do mesmo ano.
Dia 1 de janeiro é um bom dia para dormir até mais tarde, para continuar a comer e a beber o que sobrou do jantar de 31 de dezembro, para se prolongar o convívio da noite anterior, para curar uma ressaca, para se dar um passeio. Para começar qualquer coisa verdadeiramente transformadora para nós é tão bom o dia 1 de janeiro, como o dia 3 de março, 27 de julho, 14 de outubro ou qualquer outro.
O ano novo das resoluções, das coragens, das valentias, das firmezas está dentro de nós, não está marcado no calendário, não acontece por decreto.
Quando derem as 12 badaladas pulem da cadeira, comam as passas, peçam os desejos, façam as promessas, o que preferirem. O verdadeiro ano novo só vai chegar quando cada um de nós quiser verdadeiramente que ele aconteça e ás vezes até, quando menos se espera.
O meu último ano novo começou dia 27 de julho de 2014 e nunca mais acabou.